Os homens sem rumos ~ Enigmático e Realístico

Olá amigos. Hoje vou falar um pouco sobre nossa geração. Como os homens se portam diante do século da Tecnologia. Será que o avanço tecnológico é proporcional a nossa evolução moral? Veremos...

Das revoluções a sarjeta. Um retrato do homem moderno.

Quem iria as ruas?

Até pelo menos 60 anos atrás, o mundo passou por grandes mudanças. Homens lutaram guerras, acreditaram em ideais, alguns foram as ruas protestar pelo que acreditavam, outros trabalhavam para que o homem chegasse a lua. Alguns sacrificaram suas vidas, por ideais, ou em guerras, ou construindo uma família. Outros podiam até não fazer nada, mas acreditavam no futuro de suas nações. Tinham amor e objetivos que transcendiam seus próprios umbigos.

Em um passado mais distante do que esse, os homens deixaram os campos e transformaram as cidades. Tudo que foi feito ou idealizado por estes homens foi com o objetivo de tornar a vida humana mais fácil, mas dinâmica e menos sofrível. Desde inventores até ideólogos fizeram, planejaram e lutaram por algo, simplesmente porque de uma forma ou de outra queriam melhorar a vida de seus semelhantes. Mesmo que alguns priorizassem apenas sua raça ou outros priorizassem apenas um determinado trecho do mapa, a questão é que pensavam que com uma evolução tecnológica o mundo seria melhor.

Infelizmente estavam errados. Nossa geração prova isso.

A evolução tecnológica não é acompanhada por uma evolução moral. A moralidade e os valores do homem atual provavelmente são piores do que há de um século atrás.

Vivemos uma geração de homens sem rumos. Homens que vivem apenas o agora. No máximo sonham com uma casa própria, mas que dificilmente pensam em fazer grandes invenções ou fazer algo memorável. Vivemos a geração do hedonismo extremo. A busca do homem comum é apenas pelo próximo orgasmo, a próxima mulher pra comer. Sem pretensões de nada mais duradouro. Não queremos constituir uma família, não queremos constituir um legado, apenas vivemos incessantemente pelo prazer imediato. O próximo reality show, o próximo escândalo político, a próxima mulher que comeremos. Tudo muito curto, tudo imediato. Não temos amor pela pátria, não temos sede de conhecimento, a inteligência do homem comum está desperdiçada em como conquistar a próxima vadia, ou como fazer uma faculdade para ter um bom emprego.

Nós destruímos os guias da sociedade. A religião está morta, a moralidade conservadora é algo “ultrapassado”, a família tradicional foi devastada. Vivemos exclusivamente para o Deus do Hedonismo. Vivemos uma vida por prazeres imediatos. Seja nas mulheres, seja nos nossos games ou seja nos fast-foods desfrutando os prazeres dos sabores.

Nossa evolução tecnológica é inversamente proporcional a nossa evolução moral. Quanto mais tecnologias, mais novidades e melhores “gadgets” mais burro ficamos. Presos no mundo virtual matamos pouco a pouco nosso senso critico, nossa inteligência e nossas relações.

Estamos tão desnorteados nesse admirável mundo novo, que esperamos ser mais felizes quando compramos aquele novo celular, ou aquele carro melhor que tudo tem a ver “comigo”

As propagandas nos prestam o grande desserviço de nos deixarem preso no mundo do “EU”.

Através de mensagens como “você precisa disso”, ou “aquilo tem tudo a ver com você”, achamos que o mundo gira ao nosso redor, e perdemos o senso do coletivo enclausurados no mundinho do que “eu quero”.

Tudo que vejo são milhares de homens sem rumo, sem guias, sem objetivos, perdidos no inferno cinza da cidade grande. Bebendo, transando e jogando, esperando encontrar a felicidade, ou esperando encontrar um objetivo de vida.

Nossos antepassados lutaram pra deixar o mundo como está, e é assim que usufruímos dele? Se você é um homem sem rumo, chegou a hora de acordar e perceber que enquanto a tecnologia avança você regride. Temos que achar um caminho, um objetivo e transcender o hedonismo de nossa geração. Senão seremos apenas um vão na história.

Maldito admirável mundo novo.